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Carnes para gourmets


por Alma

Quarta-feira, 25 de agosto de 2010 - 14h41

Fernando Sampaio é engenheiro agrônomo formado pela ESALQ/USP, especialista em mercado de carnes pela ESA Angers. Pensador em tempo integral, cronista nas horas vagas. Seu dia foi cheio? Está cansado de ver preços e números? Leia a coluna do Alma e relaxe. Coluna do Alma, para você não se esquecer das outras coisas da vida.


Não é segredo para ninguém que eu seja um carnívoro convicto. Para mim o veganismo é só mais um sintoma da epidemia do “politicamente correto” que assola a inteligência mundial. Gosto de degustar a carne, como se degusta um vinho. “E já comi churrasco de boi Nelore assado numa churasqueira de tambor velho no meio do Mato Grosso que foi tão bom quanto todos os outros.” Assim como temos castas de uvas como a Merlot, Cabernet ou Syrah, temos as raças de gado como Nelore, Angus ou Charolês. Assim como há as regiões produtoras de vinhos como a Serra Gaúcha, Mendoza ou Bourdeaux, há as regiões produtoras de carne como o Pantanal, os Pampas ou as highlands escocesas. Assim como o tempo de maturação influencia o sabor do vinho, também o faz com a carne. Não é à toa que na Europa já existem A.O.C.’s (apelações de origem) de carne como existem há tempo para o vinho. Já comi um roastbeef de Angus escocês inesquecível. Comi uma carne de hereford grain-fed americano que era como manteiga. Já comi um entrecôte de Parthenaise na mesma cidade de Parthenais, que deu origem à raça na França, um sabor dos deuses. E já comi churrasco de boi Nelore assado numa churrasqueira de tambor velho no meio do Mato Grosso que foi tão bom quanto todos os outros. Mas o boi tem uma vantagem sobre a uva. Um boi dá origem a dezenas de cortes diferentes, todos com peculiaridades de sabor e textura únicas. E para quem conhece carne, não existe carne de segunda, é só saber cortar e preparar. E para uma maioria que acha que churrasco é sinônimo de picanha, existe um horizonte muito além das picanhas em cortes especiais e desconhecidos do churrasqueiro de fim de semana que merecem ser divulgados. O Arildo, famoso churrasqueiro de Campo Grande, fala que o melhor churrasco que ele faz é do coxão duro, é provar para crer. Meu preferido é o assado de tira, a costela cortada em tiras na transversal. O prime-rib, ou o filé de costela com osso. O assado gaúcho, ou fralda. E tantos outros. “E para quem conhece carne, não existe carne de segunda, é só saber cortar e preparar. E para uma maioria que acha que churrasco é sinônimo de picanha, existe um horizonte muito além das picanhas... Agora é preciso encontrar essa carne com especialistas que gostam tanto de carne como você, e por isso aqui fica a dica para quem é apreciador e está em São Paulo: www.intermezzogourmet.com.br Liguei, encomendei, recebi em casa e foi o melhor churrasco que já fiz na vida, com elogios de aprovação e tapas nas costas de mais uns trinta comensais. Belos cortes, excelente carne. Quem sabe, sabe.
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